Dias de medo e angústia
A cronologia dos fatos antes, durante e depois da chuva
Relembre a sequência de fatos que marcaram a semana da tragédia em Gaspar e região
Manhã de quarta-feira (12/11) - Deslizamento de terra no Morro do Samae deixa a Avenida das Comunidades em meia pista. Outro deslizamento na Margem Esquerda obriga duas famílias a deixarem suas casas.
Manhã de quinta-feira (13/11) - Chuva forte provoca deslizamento de terra que atinge a escola Angélica Costa, no Sertão Verde.
Manhã de sexta-feira (21/11) - Volta a chover forte em todo o Vale do Itajaí, Litoral Norte e Grande Florianópolis
Madrugada de sábado (22/11) - Explosão do gasoduto abre uma enorme cratera na BR-470, "engole carro" e casa pega fogo
Ivan Luchtemberg/Jornal Metas/
Tarde de quarta-feira (12/11) - A chuva provoca ainda o aumento da erosão no acostamento da Rua Anfilóquio Nunes Pires e a queda de um poste de energia elétrica próximo a uma casa, ambos no bairro Coloninha. A Defesa Civil registra ainda alagamento no bairro Lagoa.
Manhã de sexta-feira (14/11) - Prefeitura de Gaspar decreta situação de emergência.
Manhã de sexta-feira (21/11) - Novo deslizamento de terra no Morro do Samae interrompe totalmente o tráfego em uma das pistas da Avenida das Comunidades. Antena de telefonia ameaça desabar.
Manhã de sábado (22/11) - Chove forte em todo o Vale do Itajaí, Litoral Norte e Grande Florianópolis.
Noite de sábado (22/11) - Vários deslizamentos de terra são registrados em todo o Médio Vale do Itajaí.
Noite de domingo (23/11) - Nova explosão do gasoduto, desta vez no Arraial D´Ouro. Deslizamentos de terra fazem novas vítimas em todo o Médio Vale do Itajaí.
Tarde de segunda-feira (24/11) - Prefeitura de Gaspar decreta estado de calamidade pública e pede ajuda ao Governo do Estado. Centenas de voluntários se mobilizam no auxílio às vítimas daquela que é considerada a maior tragédia climátiaca da história de Santa Catarina.
Manhã de segunda-feira (24/11) - Chegam notícias de mais mortes no Belchior Alto, Gaspar Alto e Sertão Verde. Informações também dão conta de muitas mortes em Ilhota, Blumenau e outros municípios.
Manhã de terça-feira (25/11) - Máquinas da prefeitura e de empreiteiras trabalham na desobstrução de ruas, Celesc no restabelecimento do fornecimento de energia elétrica e Samusa no fornecimento de água potável.
Tarde de quarta-feira (26/11) - A recém-criada Força Nacional chega a Santa Catarina com 45 soldados e 12 cães farejadores. A base é a cidade de Navegantes e os trabalhos se concentram na região dos Baús, em Ilhota, na busca e resgate de corpos. Presidente Luis Inácio Lula da Silva visita a região e anuncia a liberação de R$ 1,6 bilhão para a recuperação das cidades atingidas.
Manhã de quinta-feira (27/11) - Criada a Central de Comando sob a supervisão do técnico da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, o então capitão da Brigada Militar Luis Fernando Santos Carlos. A base é montada na sede da prefeitura. A comunicação com as regiões mais distantes passa a ser feita via radioamador.
Sexta-feira (28/11) - Deslizamento de terra mata duas pessoas no bairro Arraial D'Ouro
Manhã de sábado (29/11) - Torre de empresa de telefonia, que ameaçava desabar, começa a ser retirada do Morro do Samae.
Tarde de quarta-feira (3/12) - O ano letivo é encerrado em todas as escolas de Gaspar
Noite de sábado (6/12) - Deslizamento de terra no Belchior Baixo mata casal de idosos (os corpos jamais foram encontrados).
Tarde de domingo (7/12) - Em visita a Ilhota e região, o então governador do estado, Luiz Henrique da Silveira, anunciou a criação do Fundo de Amparo a Pesquisa em Santa Catarina. O fundo foi formado por especialistas em geociências de universidades e institutos de pesquisa, a fim de se estudar e debater a tragédia climática de novembro de 2008