Impulso na criação de peixes

Atividade vem se destacando no município de Gaspar como uma excelente fonte de renda

Impulso na criação de peixes

Um dos setores que tem crescido significativamente em Gaspar é a piscicultura. De maneira organizada, a maioria dos produtores da cidade tem conseguido expandir seus negócios, tornando a atividade rentável. Para entender um pouco mais do impulso do setor no município é preciso voltar a 1989, quando foi criada na cidade a Secretaria de Agricultura. Com a fundação da pasta, Gaspar passou a investir e a promover as tradicionais feiras do peixe vivo, assim como incentivar a instalação de pesque-pagues.

“A piscicultura estava evoluindo em toda a região do Médio Vale e não só em Gaspar. Alguns fatores contribuíram para este desenvolvimento, como o mercado, com grande consumo; o poder aquisitivo e a proximidade com os centros consumidores; além do clima e da água abundante”, explica o engenheiro agrônomo da prefeitura de Gaspar, Henrique da Silva Pires. Hoje, segundo dados da secretaria, são produzidas aproximadamente 400 toneladas de peixe na cidade por ano, produzidas de forma profissional. 90% desta produção é da espécie Tilápia. “Somando a produção de amadores este número chega a 700 toneladas”, ressalta Henrqiue. Ao todo, são 200 hectares de água alagada em Gaspar.

Boa parte da profissionalização do setor deve-se ao trabalho desenvolvido pela Associação dos Aquicultores de Gaspar (Aquipar) que no próximo mês completa 15 anos de atividades no município. Sempre em parceria com a Secretaria de Agricultura e com a Epagri, a Aquipar promove cursos e seminários, proporcionando aos produtores uma constante capacitação. “Hoje, a produtividade média em Gaspar é de 10 toneladas por hectare, mas este número poderia dobrar, se todos os produtores se profissionalizassem e investissem em tecnologias”, explica o engenheiro.

Um dos exemplos de profissionalização é o casal Paulo e Ofélia Campigotto, donos de dois hectares de área alagada na localidade de Garuba, no bairro Gaspar Grande. Há 12 anos na atividade, eles são responsáveis pela produção anual de 30 toneladas de peixe na cidade. “A longo prazo, a piscicultura é um negócio rentável. Mas o produtor precisa se capacitar, investir e ir em busca de tecnologias”, ressalta Paulo. Hoje, o casal comercializa a produção para pesque-pagues e frigoríficos da região e também para os Estados do Paraná (PR) e São Paulo (SP). Paulo também fabrica e vende equipamentos, como aerador e alimentador automático, que facilitam o trabalho na produção. 

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Meta agora é construir abatedouros

Em 2011, a Aquipar, a Epagri e a Prefeitura de Gaspar assinaram um convênio com o Banco do Brasil para desenvolver ainda mais o setor na cidade. O Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) prevê 30 ações para serem colocadas em prática em cinco anos. Uma das metas mais importantes está perto de ser conquistada em Gaspar: conseguir o licenciamento ambiental, para que os produtores possam ter acesso aos financiamentos e, assim, investir em maquinários  e modernizar a produção. Os três equipamentos essenciais para profissionalizar o setor são o aerador, que permite fazer a oxigenação da água, tornando possível produzir mais peixes por metro quadrado; e o alimentador automático, que diminui a mão de obra e oportuniza mais liberdade ao produtor.  

Agora, os produtores concentram suas forças para a criação de abatedouros. “Com o abatedouro, o produtor poderá beneficiar o pescado e comercializá-lo diretamente para supermercados e restaurantes. Outro objetivo é introduzir os peixes produzidos em Gaspar na merenda escolar”, explica Henrique.

Crescimento 

No Brasil, a aquicultura continental aumentou 16,9% entre 2009 e 2010, conforme dados do Ministério da Pesca e Aquicultura, o que demonstra a importância de investimentos nesta atividade. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) o Brasil poderá se tornar um dos maiores produtores do mundo até 2030, ano em que a produção pesqueira nacional teria condições de atingir 20 milhões de toneladas.  Santa Catarina é um dos principais produtores de peixe de água doce do Brasil. A produção no ano de 2011, segundo a Epagri, alcançou um total de 32.125 toneladas.         

 

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