A força dos pequenos

A ONU - Organização das Nações Unidas - elegeu 2014 como o ano da agricultura familiar

A força dos pequenos

Pequenas propriedades, nas mãos de uma família, colaborando com a produção agrícola do país e contribuindo com a preservação do meio ambiente. A proteção e o incentivo a Agricultura Familiar deixou de ser apenas um discurso de governos brasileiros e se tornou uma bandeira da Orgnanização das Nações Unidas (ONU) para Agricultura e Alimentação, que determinou em assembleia geral que 2014 é o Ano Internacional da Agricultura Familiar.

O foco neste modelo de desenvolvimento agrário se explica em números: segundo a ONU, existem três bilhões de agricultores familiares camponeses e indígenas, mais de um terço da humanidade. Eles são responsáveis por cerca de 70% dos alimentos do mundo e o setor rural ainda é o maior empregador do planeta, com 40% dos trabalhadores envolvidos diretamente com a área. Por outro lado, existem 850 milhões de pessoas subnutridas no mundo, sendo que 75% vivem em áreas rurais.

No Brasil, a Agricultura Familiar também é o principal pilar de sustentação do setor rural, mesmo não controlando a maioria das fazendas. O Censo Agropecuário de 2006 mostra que 84,4% das propriedades rurais do país estão nas mãos de famílias, mesmo ocupando apenas 24,3% da área cultivada. Elas são responsáveis por 87% da produção da mandioca, 70% do feijão, 46% do milho, 34% do arroz, além de 58% do leite, 50% das aves e 59% dos suínos. Ainda em 2006, 32% do PIB do agronegócio brasileiro é familiar.

Em Santa Catarina, que possui 1,2% do território nacional e mesmo assim é o maior produtor de suínos, maçã, ostras, mexilhões e cebola do país,  das 195 mil propriedades rurais 90% delas têm menos de 50 hectares, reforçando ainda mais a importância da Agricultura Familiar.. 

O foco da ONU e dos governos federal e estaduais no país para o Ano da Agricultura Familiar consiste em criar mais políticas públicas para incentivar esses agricultores. Para José Graziano de Silva, brasileiro diretor da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, investimentos neste setor não apenas melhoram a produção no mundo, mas também atuam na erradicação da fome e na preservação do meio ambiente, já que as propriedades familiares não costumam agredir a natureza.

“Estamos falando de um patrimônio de práticas sustentáveis incorporadas à rotina de mais de 500 milhões de pequenas propriedades no mundo. A preservação dos recursos naturais está enraizada na agricultura familiar. Salvaguardar a biodiversidade, contribuir para a adoção de dietas mais saudáveis e equilibradas e preservar cultivos descartados pela grande escala, constituem um acervo de sobrevivência secular”, afirma.

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