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GASPAR 91 ANOS

Especial Gaspar 91 anos: emancipação e os reflexos da Revolução de 1930

Por Daniel Nogueira

 Publicado 13/03/2025 17:15  – Atualizado 13/03/2025 17:15

  • Washington Luís (C), ministros e gabinete na cerimônia de posse na Presidência da República, em 1926. (Fotos: Memorial da Democracia)

Município foi criado em meio às transformações políticas e sociais que redefiniram o Brasil no início do século XX

Gaspar foi emancipada quatro anos após a Revolução de 1930, que pôs fim a chamada República Velha e extinguiu as articulações políticas entre as oligarquias. O município foi oficialmente instalado em 18 de março de 1934, mas o decreto emancipatório havia sido assinado em 22 de fevereiro. Outros municípios também foram criados no Vale do Itajaí no mesmo ano: Indaial, Timbó e Dalbérgia (atual Ibirama e outras cidades). Assim como Gaspar, essas localidades também faziam parte de Blumenau.

Para entender o contexto político que levou à emancipação de Gaspar e de outros distritos é preciso voltar a 1889, quando ocorreu a Proclamação da República e foram criados diversos municípios, entre eles Blumenau. Na época se formaram também os primeiros partidos políticos, e o principal deles era o Republicano. O Partido Republicano Paulista (PRP) e o Partido Republicano Mineiro (PRM) dominaram a cena política nacional por mais de 30 anos, no que ficou conhecido como “Política Café com Leite”. São Paulo, maior produtor de café do Brasil, e Minas Gerais, maior produtor de leite, se revezavam no poder. Ora o presidente eleito era de São Paulo, ora de Minas Gerais. Politicamente o resto do Brasil não existia e isso incomodava diversas lideranças.

As motivações, ideias e objetivos que levaram ao movimento armado de 1930 também devem ser entendidas do ponto de vista socioeconômico, a partir da década de 1920, quando apareceram mais claramente os efeitos do processo de urbanização e de industrialização no país e quando novas forças sociais, principalmente as camadas médias e as massas urbanas, começaram a exigir maior participação política.

Havia descontentamento também entre os militares, principalmente a ala jovem de tenentes, e de políticos de outros estados com os rumos da política. As eleições para Presidente da República e Câmara dos Deputados eram antidemocráticas e com suspeitas de fraudes.

A oposição da jovem oficialidade do Exército — os “tenentes” — ao sistema político vigente manifestou-se nas revoltas dos 18 do Forte, de 1922, de São Paulo e Rio Grande do Sul, de 1924, e na Coluna Prestes, de 1925 a 1927. Os “tenentes” expressavam, embora de forma vaga, ideias de regeneração do sistema jurídico-político, atacavam as oligarquias, defendiam o equilíbrio entre os poderes, e reivindicavam o nacionalismo econômico, bem como a modernização da sociedade.

  • Anúncio Sandra Hostins (Kassiani Borges/Jornal Metas)

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