Toda a produção é da propriedade dos irmãos Eleotério e Edésio Theiss, no Belchior Alto

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FOTO ARQUIVO JORNAL METAS / 2018

Com muitos benefícios para a saúde e financeiramente rentável, a pitaya vai ganhando a preferência dos brasileiros. Doce, porém sem ser rica em açúcar, e concentrando substâncias como o flavonoide - considerado um importante antioxidante - a fruta, popularmente chamada de "fruta-dragão" por seu aspecto exótico e cor vibrante, vem sendo indicada em dietas pelos nutricionistas. Assim, tanto seu cultivo quanto consumo estão crescendo e a fruta já é bastante cultivada em determinados estados brasileiros, inclusive em Santa Catarina. Em Gaspar, por enquanto, existe um único produtor de pitaya. A propriedade fica no distrito do Belchior Alto e pertence à família Theiss, muito conhecida naquela região. Os irmãos Eletotério e Edésio começaram a plantar numa área de 1 mil m². Quando a reportagem do Jornal Metas visitou a família Theiss, em 2018, eram 400 pés plantados, depois passou para 1.000 e hoje são 1.460 de diferentes espécies: a de polpa branca e vermelha, que são as mais consumidas, e a amarela, baby e pink.


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FOTO PMG

Na época, o cultivo era uma aposta da família Theiss, porém, dois anos depois eles já exportaram a fruta até para o Uruguai. Edésio explica que a ideia do plantio veio após muita pesquisa e apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e da Secretaria Municipal de Agricultura e Aquicultura. Os frutos, geralmente, começam a aparecer na planta nos meses de novembro de dezembro. O resultado é uma produção de 43 mil quilos - cada pé chega a produzir 40 frutos após três anos do plantio.

Edésio contou, na época da primeira reportagem, que se interessou pelo cultivo da pitaya depois de assistir a uma reportagem na televisão sobre uma plantação na cidade de Turvo (SC). "O assunto chamou a minha atenção e comecei a pesquisar". Além da internet, o agricultor procurou a Epagri para saber mais detalhes técnicos e científicos da exótica fruta. Ele ficou então sabendo que havia uma grande plantação em Forquilhinha, no Sul do Estado. Edésio não teve dúvida, foi até lá ver de perto o cultivo da pitaya. "Trouxemos uma fruta para experimentar e logo depois plantamos as primeiras mudas", relembra.

O cultivo iniciou em junho de 2017, com um investimento relativamente baixo: R$ 8.700,00. Na propriedade da família, ainda cultiva-se palmeira real, mas aos poucos o espaço vai sendo ocupado pela pitaya. Em 2018, um pé da palmeira real era vendido a R$0,30 no mercado; já o quilo da pitaya para o consumidor passava de R$ 60,00. Vale ou não a pena?

Alimento e cosmético

A pitaya é uma fruta bastante consumida na América Central e em parte da Ásia, onde é mais cultivada. O termo que lhe dá nome é indígena e significa "fruta-escamosa", mas ela também é conhecida como fruta-dragão, por conta do aspecto externo da casca, que remete às escamas de um dragão. Muitas vezes, ela é confundida com a dama-da-noite, por florescer apenas no período noturno. A fruta concentra poucas calorias, e apesar de ser doce, não é um alimento rico em açúcar, por isso é recomendada para a dieta. O cultivo também é de fácil manejo, porque a planta exige pouca água. O produtor usa estacas como suporte e pneus colocados no chão que evitam que a planta encharque. Na parte de cima, os pneus servem como base para quando as palmas começam a pesar e cair. A espécie, que é da família do kiwi, nasce em um tipo de cacto. Estudos apontam que a fruta é rica em fibras e, por isso, indicada para quem tem problemas intestinais. Também ajuda na prevenção do diabetes, hipertensão e inibe a vontade de comer doces. Além do consumo in natura, a pitaya pode ser usada para fazer sucos, geleias e sorvetes. A planta também é utilizada na produção de cosméticos

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Os irmãos Theiss, em 2018, quando o cultivo da pitaya ainda estava no começo na propriedade

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