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Engenheiros contestam nomeação em Itajaí

• Presidente do CREA-SC, engenheiro Kita Xavier deve participar da reunição o dia 26 de abril em São Paulo (Fotos: Divulgação/Crea-SC)

A nomeação do advogado André Leme da Silva Fleury Bonini para o cargo de diretor-geral de Engenharia do Porto de Itajaí provocou forte reação de entidades ligadas à área técnica. O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (CREA-SC), engenheiro Kita Xavier, classificou a decisão como um desrespeito aos mais de 80 mil profissionais da engenharia registrados no estado. “Não se trata de um ataque à pessoa nomeada, nem à profissão de advogado. A questão é técnica. Uma função como essa exige formação em engenharia. Onde há a marca do CREA, há a marca da responsabilidade. Não podemos aceitar pacificamente esse tipo de decisão que ignora o conhecimento técnico”, afirmou Kita. A crítica também foi reforçada pela engenheira Roberta Maas dos Anjos, presidente do Sindicato dos Engenheiros de Santa Catarina (Senge-SC). Para ela, a escolha de um profissional sem formação na área técnica para um cargo estratégico como esse representa um retrocesso. “É inadmissível que uma função que envolve decisões com alto impacto técnico e econômico não seja ocupada por um engenheiro. É uma afronta à engenharia brasileira”, destacou.

A nomeação ocorreu no dia 18 de março, após a federalização do porto, cuja gestão passou neste ano à Autoridade Portuária de Santos (APS). Diante da pressão das entidades catarinenses, a APS se manifestou por meio de ofício, informando que pretende revisar a Lei Complementar que rege as nomeações para os cargos de direção e chefia no Porto de Itajaí, com o objetivo de estabelecer critérios técnicos mais rigorosos. Nos bastidores, comenta-se que uma reunião entre representantes da APS, do CREA-SC e do Senge-SC está prevista para o dia 26 de abril, no Porto de Santos. A agenda, que ainda não foi oficialmente confirmada, teria como foco discutir o futuro da gestão técnica do Porto de Itajaí e a revisão dos critérios para nomeações em cargos de direção, reforçando a defesa pela presença de profissionais da engenharia nessas funções. O episódio já mobiliza entidades nacionais do setor e pode servir de precedente para a exigência de qualificação técnica em nomeações semelhantes em portos públicos de todo o país.

Câmeras de segurança

• Vereador Dionísio (Fotos: Assessoria Vereador)

O vereador Dionísio Bertoldi (PT), teve a aprovação unânime dos vereadores para o Projeto de Lei nº 9/2025, de sua autoria, na Sessão de terça-feira 8 de abril. O Projeto determina que as áreas de acesso e principais ambientes internos de todas as creches e escolas públicas deverão ser vigiados por câmeras de segurança. Tendo em vista que a quantidade de câmeras de cada unidade escolar estará relacionada a quantidade de alunos e servidores, o tamanho da instituição e as características da região. Bertoldi destaca que a iniciativa visa promover a segurança das crianças, alunos, profissionais da educação e as famílias. “A aprovação deste projeto é o início de uma série de medidas. Depois da instalação das câmeras de segurança, será necessário um convênio com a Polícia Militar para que o monitoramento contínuo seja acompanhado de perto pelas forças de segurança. Meu mandato está e continuará à disposição da comunidade escolar para os próximos passos”, destacou o vereador.