Templo da fé católica
A história do símbolo da fé da comunidade Bom Jesus
A história do símbolo da fé da comunidade Bom Jesus
Numa época em que a sociedade se afasta cada vez mais da Igreja, a antiga capela Senhor Bom Jesus segue com muitos adeptos fiéis e participativos em Gaspar. A ideia de construir a capela, no bairro Santa Terezinha, surgiu em 1979, em uma reunião de família na casa de João Scottini, irmão do Frei Guido Scottini. A escolha do padroeiro foi decisão do próprio Frei Guido, já que muitos moradores da comunidade tinham grande devoção pelo Senhor Bom Jesus.
Vencidos os trâmites burocráticos, a construção da capela foi aprovada um ano depois, pelos párocos Frei José Carlos Timmermann e Frei Aroldo Kohler. O terreno foi doado por Tibério Scottini, e a escola Ervino Venturi foi sede da assembléia que elegeu a primeira diretoria provisória.
As obras iniciaram no dia 10 de fevereiro de 1981. A comunidade auxiliou na doação de recursos e materiais para a obra. Na época, Gertrudes Poffo doou 510 mil cruzeiros que foram suficientes para a cobertura de toda a capela. O salão paroquial foi a primeira parte finalizada. Durante dois anos, as missas foram celebradas no local, assim como o culto dominical, catequese, reuniões de jovens, entre outras atividades religiosas.
Reformas
O templo Senhor Bom Jesus passou por diversas reformas, e apresenta um bom espaço para o encontro e confraternizações sociais e religiosas. O atual presidente da capela é Paulo Daroxi. O casal vice-coordenador, Arminda Zermiani e Jorge Luis Dellarosa, fala com orgulho do trabalho de manter o símbolo de união religiosa de toda a comunidade católica do Bom Jesus. Arminda acompanha a história da capela há 25 anos, já foi inclusive catequista. Nos últimos seis anos o marido passou a ajudá-la no trabalho voluntário
Os grupos de jovens de reflexão e de idosos promovem encontros de integração. As pastorais também seguem atuantes. Arminda e Jorge também destacam a grande parceria e apoio da Associação de Bombeiros Comunitários de Gaspar.
Missas
As missas acontecem duas vezes por mês, sempre no primeiro sábado e no último domingo. Arminda concorda que os jovens estão se afastando da religião. Ela acredita que isso ocorre por vários motivos, principalmente a falta de incentivo da família e a pouca informação da mídia. De outra parte, afirma que, muitas vezes, falta à Igreja cativar estes jovens.
Jorge entende que os jovens de hoje têm tantas ocupações que acaba faltando tempo para se dedicarem à Igreja. Já o fato de haver outras igrejas e religiões se proliferando na cidade, ele opina que quem tem fé de verdade não precisa mudar de igreja ou de religião. No entanto, garante não ter nada contra. “O que vale mesmo é a Igreja cativar seus fiéis, afinal, Deus é um só”.
Voluntários auxiliam nas atividades
Graças ao trabalho de Jorge, Arminda e muitos outros voluntários, a Capela Senhor Bom Jesus mantém suas atividades ininterruptas. “As missas já foram mais concorridas, mas ainda se vê muitos fiéis antigos comparecendo sempre”, afirma Arminda. Com 350 famílias contribuindo por meio do dízimo, um novo projeto está prestes a sair do papel. Ele envolve mais uma melhoria no complexo religioso. A intenção é completar a cobertura do galpão de festas, fazer mais salas, churrasqueiras e reformar banheiros e cozinha.
A diretoria acredita que a festa do padroeiro, que acontece nos dias 1º e 2 de agosto, vai arrecadar dinheiro suficiente para o início das obras. A festa do padroeiro já chegou a receber mais de mil visitantes, hoje é mais modesta. A rifa deste ano oferece o primeiro prêmio de R$ 5 mil. Durante a festa será servido o tradicional churrasco. A programação prevê outras atrações que futuramente serão divulgadas.