Por Giovanni Ramos, interino

Saúde - A saúde pública em Gaspar anda caótica. Se não bastassem os problemas no hospital, chovem reclamações de moradores de falta de médicos em postos de saúde. O Centro de Atenção Psicossocial (Caps) já ficou sem psiquiatra. E a Secretaria de Saúde continua nas mãos de uma interina, já que Honorina Silva recusou o cargo em definitivo. Durma-se com um barulho desses.

Segurança - Começou a greve dos delegados e policiais civis em Santa Catarina. O serviço em Gaspar já está deficitário, apesar de vários policiais estarem trabalhando. Com um piso salarial de R$ 781,82 para agentes de polícia, um valor que não chega a um salário mínimo e meio, fica difícil ser contrário à manifestação. Soma-se ao problema, a falta de efetivo também na Polícia Militar. A cidade já sente os reflexos da política pública para a segurança há alguns anos.

Educação (1) - Santa Catarina sofreu com a greve dos professores na metade do ano. E os problemas no setor estão longe de acabar. A categoria é contra o projeto de municipalização do Ensino Fundamental e ainda exige mudanças no plano de carreira, achatado depois da aplicação do Piso Nacional. Um professor que entra na rede pública de ensino está desmotivado a continuar estudando e aprimorando, pois não vê vantagens na carreira profissional. O desejo de muitos, é entrar na rede particular.

Educação (2) - Mais de mil pessoas com idade superior a 15 anos não saber ler e escrever em Gaspar. Em todo o Estado, o número de analfabetos adultos ultrapassa 200 mil. É um valor alto demais para um Estado que possui um dos melhores índices de qualidade de vida do país.

Habitação - Os atingidos pela catástrofe de 2008 do Sertão Verde continuam esperando pelas casas nas margens da BR-470, bairro Margem Esquerda. Os conjuntos habitacionais no Complexo do Baú também não foram concluídos. Blumenau desativou há pouco tempo, a última moradia provisória. Isso mesmo. Nas três cidades, há vítimas da tragédia que ficaram três anos à espera de uma solução.

Meio Ambiente - O Brasil precisa, de fato, atualizar o Código Florestal, já que o texto atual é de 1965. Mas é bizarra a proposta de anistia para desmatadores. Se for aprovada, será a legalização da impunidade. Os desastres climáticos ocorridos em Santa Catarina nos últimos 10 anos (enchentes, furacão, tornados) são prova que é preciso uma atenção maior com o meio ambiente.

Perguntar não ofende - Para onde estão indo todos os paralelepípedos que estão sendo retirados das ruas do Centro da cidade? Estão sendo reaproveitados? Ou a empreeiteira tá ficando com as pedras e dando o desconto para a Prefeitura?