Pimenta
COLUNA
Por José Roberto Deschamps | [email protected]


Saída da Bunge abre um vácuo

Anunciada várias vezes, a saída definitiva do setor administrativo da Bunge, de Gaspar

Saída da Bunge I - Anunciada várias vezes, a saída definitiva do setor administrativo da Bunge, de Gaspar, abre um vácuo enorme, sobretudo na importância e visibilidade que a empresa dava para Gaspar. Foi assim quando a Ceval e seguiu como Bunge. Não se trata de uma vontade isolada, descaso deste ou aquele, independente de ação e atuação política. No caso do setor administrativo, para quem analisa o processo com racionalidade, entende que mantendo todo o seu staff executivo em São Paulo, não teria porque seguir em Gaspar com algumas áreas afins. Ficou a fábrica, protegida por incentivos fiscais concedidos pelo governo do Estado, e do qual o município nem teria como se juntar. Os valor do IPTU não representa peso no custo da empresa, ISS nem incide sobre as atividades, o impacto é mesmo do ICMS, o IPI é federal e sua redução ou isenção se dá por decisão federal e com benefícios ao setor, muitas vezes excepcionalmente, não a uma empresa específica.

Saída da Bunge II - Transferência de unidade administrativa, com perdas para os municípios até então sedes, não é um caso isolado de Gaspar. Há muito anos a Sadia tem sua administração sediada em São Paulo, embora seu grande parque beneficiador está no Oeste catarinense, sobretudo em Concórdia e municípios próximos. Perdigão assim como Seara, por exemplo, têm escritórios em Itajaí. Então dizer que a saída da Bunge é fragilidade política local, é pura demagogia e intriga. Agora, é bom lembrar que nas décadas de 1980 e 1990, até ser vendida a Ceval sempre foi atacada por correntes políticas locais, e muitos até sonhavam com sua saída de Gaspar. Não viam a sua grandeza, não percebiam sua importância. Menores que suas próprias idéias ou mesmo sem elas, tivemos os que pensavam menor. E cometiam.

Saída da Bunge III - A história da Bunge em Gaspar é de pouco mais de uma década. Sucedeu sim aquela que foi um fenômeno de sucesso, a Ceval, que foi implantada em 1972 e em menos de 20 anos já se tornara uma das maiores empresas brasileiras, referência aqui e no exterior. Além de produzir marcas que se consagraram no mercado, a Ceval construiu também um belo patrimônio de pessoas, profissionais que cresciam e galgavam postos por todo o país. Muitos gasparenses tiveram sua ascensão profissional a partir do Poço Grande e correram o Brasil e alguns até o exterior. Tomo um exemplo extraordinário, o senhor Vilmar Spengler, conhecido Petiço, que passa horas contando casos, estórias e história dos tantos anos de Ceval. Lamentamos o fechamento do endereço empresarial mais poderoso de Gaspar em 40 anos. Fica a bela marca e tantas histórias.

Legislativo - Na quinta-feira, dia 15, foi eleita a nova mesa diretora da Câmara de Gaspar, para 2012. No início da Legislatura, foi firmado um acordo entre os partidos PMDB, PP_ PSDB e PT, para a composição da mesa diretora. O primeiro presidente, foi José Hilário Melato (PP - 2009), sucedido por Kleber Wan-Dall (PMDB - 2010 ) e Claudionor da Cruz Souza (PSDB 2011). Para o próximo ano, Antônio Dalsochio foi o escolhido pelo PT para administrar a casa. A decisão terá vantagens e desvantagens. A vantagem e que Dalsochio, conhado do prefeito terá o poder para organizar a agenda o legilativo escolhendo datas para votação dos prjetos, dando celeridade quando forem do interesse do Executivo. A desvantagem é que a base aliada que só tinha três votos garantidos perde mais um. por exemplo, a oposição terá mais facilidade para derrubar um veto do prefeito. Já o acordo de cavalheiros, comum entre os políticos, vem sendo mantido.

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